Levando uma fita em que bandas de sopro tradicionais interpretavam suas composições da infância, a cantora buscou a ajuda do pioneiro da dance music, Graham Massey (do 808 State), e traçou a sua rota para chegar aos clubes underground londrinos. Ao lado do produtor Nellee Hooper (do Massive Attack), Björk confraternizou com algumas das maiores cabeças musicais de Londres – Goldie, Talvin Singh -, ouvindo ideias, dividindo, polinizando como uma abelha. “Obviamente houve discussões e lágrimas dos dois lados”, disse Hooper, “mas é assim que se faz um grande disco”.
O resultado foi Debut. Björk descreve a sua foto na capa do álbum como “tímida e delicada”, mas Debut foi uma autêntica revelação, um segredo para ser ouvido aos brados. A magia da voz de Björk é o centro do disco, oscilando entre gritos estridentes e suspiros infantis e carinhosos.
Em 1992, quando foi ao programa Unplugged, da MTV, acompanhada por um grupo de monges e alguns copos de cristal perfeitamente afinados, a sensação que dava era que Björk seria capaz de extrair música até das pedras. O mundo aplaudiu: Björk tinha chegado.
"Tenho muita coragem, mas também muito medo."
Björk, 1995
Fonte: 1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer
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